Obesidade Não Rima com Felicidade
(27/03/2007)

O ser humano nasceu para ser feliz. E esta felicidade deve estar presente e equilibrada nos aspectos físico, mental e espiritual. Um dos fatores que poderia ser sinônimo de felicidade, o “ser gordinho/a”, é considerado nos dias atuais como uma epidemia mundial.

A OMS considera a obesidade como uma grande ameaça à saúde em todo o mundo. O IMC, índice de massa corpórea, é empregado para a avaliação do sobrepeso e da obesidade através da fórmula I= peso/quadrado da altura. A pessoa é considerada normal quando o resultado é menor que 24,9; com sobrepeso, quando o valor se situa entre 25 e 29,9; obesa grau I, quando o IMC se situar entre 30 e 34,9; obesidade grau II, entre 35 e 39,9 e, finalmente, grau III, a partir de 40 (obesidade mórbida).

A obesidade não escolhe sexo, idade ou raça. Recentes levantamentos têm revelado um aumento substancial de obesos em todas as regiões do mundo. A OMS calcula que hoje exista 1 bilhão de adultos com sobrepeso e 300 milhões de obesos. Para mais, a obesidade contribui para aumentar o risco de hipertensão arterial, certos tipos de câncer, de doenças cardiovasculares, cérebro-vasculares e articulares e, também, distúrbios psiquiátricos.

De acordo com o Dr. Drauzio Varella, o ambiente tem um papel fundamental que pode explicar tal epidemia. O sedentarismo, como andar de carro até para ir à padaria da esquina ou usar o elevador para ir ao primeiro andar, são fatores que já denunciam este ambiente “obesogênico”, como afirma Claude Bouchard, presidente da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade.

Além disso, a disponibilidade de alimentos com alto teor de calorias e o estresse do cotidiano são fatores que contribuem para este fato, o que pode fazer com que as pessoas comam mais, ingiram alimentos errados em horas também erradas. E isto tudo nos é fornecido pelo ambiente em que vivemos através da propaganda em jornais, revistas e, principalmente, a TV (com controle remoto, é claro!).

Muitos podem ser os caminhos para combater a obesidade. Entretanto, a “chave” para se obter sucesso reside em uma mudança radical de atitude baseada na tríade: consciência, método e hábito.

Inicialmente, a consciência implica na obtenção de um conhecimento global do problema e como ele nos aflige física e mentalmente. A busca de informações e alternativas para o tratamento constitui o primeiro estágio.

Em seguida, avaliamos quais os métodos que estão ao nosso alcance para diminuir o problema, o que pode incluir ajuda médica e psicológica, mudança na alimentação, diminuição do sedentarismo, mais tempo para o lazer, etc.

E, finalmente, fazer destas mudanças um hábito. Não apenas até se deixar de ser “gordinho/a”, mas para o resto da vida.

Se você é obeso/a, provavelmente você não é feliz. Mas, uma mudança radical de sua atitude pode gerar um grande efeito na sua vida e na sua felicidade.

A escolha é única e exclusivamente sua.