Use o Bom Humor para Combater o Estresse
(13/10/2006)

O estresse (do inglês “stress”) é considerado pela Organização Mundial de Saúde como a epidemia do século. Acredita-se que todos os seres humanos sofrem sempre alguma forma de estresse.

Das duas formas de estresse, o distress, ou estresse ruim, é o grande vilão. Quando se torna crônico, deixa marcas como úlceras, pressão arterial alta, irritabilidade ou mesmo consequências mais graves que poderão resultar em internação hospitalar ou acompanhamento psicológico ou mesmo psiquiátrico.

Vários são os agentes estressores mas, independentemente de sua natureza, a resposta do indivíduo é a mais importante. Uns poderão reagir mais, outros menos. Devido a isso, um determinado agente estressor poderá causar mais ou menos dano e produzindo respostas diferentes de pessoa para pessoa.

Os agentes estressores podem ser assim exemplificados e agrupados:

Atualmente, tem sido dada especial atenção a três tipos de estresse: o estresse gerado na trabalho, em que o downsizing, a terceirização e a reengenharia tiram do mercado um sem número de vagas; o estresse gerado pelo volume de informações, onde o cérebro “trabalha” separando o que é importante e deletando o resto: e, o estresse gerado pela tecnologia (computador, internet, paltop, secretária eletrônica). Tudo isto faz o ser humano trabalhar cada vez mais, ter cada vez menos tempo e ficar cada vez mais irritado, nervoso e ansioso.

Dentre as inúmeras condutas para diminuir o estresse, existe uma que parece ser um paradoxo para quem vive amuado, de cara “amarrada”, “chutando” a própria sombra e de mal com o mundo. É a prática diária do bom humor.

Pense comigo: ficar de mau humor resolve seus problemas? Paga suas contas? Cura sua dor de cabeça? Certamente a resposta é não. Entretanto, se você quiser e tiver força interior (e todos nós a temos) você poderá mudar sua atitude mental para uma outra mais leve, mais otimista e bem humorada. Esta atitude poderá realizar milagres.

Caro leitor ou leitora, inicie esta mudança lembrando daquela frase que todo dentista conhece e que diz: “quando estamos carrancudos, estressados, com a fisionomia pesada, contraímos muito mais músculos do que quando estamos alegres e sorridentes. Então, por economia… sorria”.

A prática do bom humor libera no cérebro substâncias que relaxam as tensões, aumentam a capacidade de defesa do organismo e que proporcionam as sensações agradáveis e de bem estar. Para mais, o músculo cardíaco se fortalece, aumenta a oxigenação do sangue, o pensamento criativo é melhorado favorecendo a inovação e ajudando a persuadir pessoas em situações de conflito ou de tensão. Ser bem humorado significa perceber que a maior parte das situações que se vive não é nem muito importante, nem muito séria e nem muito grave, conforma afirma a psicóloga Silvia Cardoso.

Então vamos a algumas “dicas”:

E, se nada disso funcionar, crie na sua mente situações engraçadas. Um exemplo: aquele seu chefe, sempre de terno e gravata, sisudo, com atitudes que demonstram pouca simpatia, talvez um pouco centralizador… Bem, imagine esta pessoa em casa, apenas de cueca (quem sabe um samba-canção com bolinhas coloridas) arriada até os tornozelos, sentado na privada e lendo uma revistinha infantil.

É claro que cada um de nós poderá criar estas imagens. Deixe sua imaginação fluir na criação de situações engraçadas.

Tenha em conta que a prática diária do bom humor é uma ferramenta poderosa para enfrentar as chatices do dia-a-dia.