Feliz Ano Novo! Mas… Como Tudo Começou?
(31/12/2004)

Maria de Fátima Seehagen

"Na formação de um astro pode ser descrito, parcialmente, o aspecto externo. Somente, porém, em parte. O que se desenrola no interior deste astro é de tal forma, que só mui superficialmente pode ser transmitido. O essencial, que sustenta um planeta e que o faz girar, não pode ser transmitido com palavras humanas." (Roselis von Sass em "O NASCIMENTO DA TERRA")

A cada novo ano terminamos com este mesmo desejo: "Feliz ano novo!"

Como será que tudo começou? Em que momento começamos a contar os anos? Os meses; os dias?

Conhecemos como dia o período entre um nascer do Sol e outro.

Os meses são contados entre as lunações, os seja, as mudanças das fases da luz, o que podemos observar pelas fases da Lua; já os anos têm a sua explicação no movimento da Terra em torno no sol.

Em um determinado período da nossa história iniciamos a organizar tudo isto em calendários, um sistema de ordenamento do tempo com propósitos de organização da vida civil, observância das comemorações religiosas e marcação de eventos científicos, sociais, políticos, etc.

A maioria destes calendários possui uma inspiração religiosa determinando o seu primeiro dia na origem do Universo ou em um fato relevante.

Muito além do saber de como contar o tempo vem a pergunta: Quando tudo começou?

Conforme esclarecimentos do livro O NASCIMENTO DA TERRA podemos dizer que “…o nascimento da Terra ocorreu de quatro a cinco bilhões de anos atrás.” (*)

“A Terra e todos os bilhões de astros são de espécie grosso material. Por isso, podemos nós, seres humanos, ver com órgãos sensoriais de nossos corpos de matéria grosseira tudo o que ocorre neste mundo.” (*)

O conhecimento científico dos fatos nos leva a crer que a Terra foi provavelmente originada através de uma força gravitacional que condensou diversos materiais preexistentes no espaço. Tais materiais foram constituídos de partículas como poeira cósmica e gás.

Ainda assim persistirá a pergunta: Como foi formada?

“A Terra,pois, foi construída por enteais, e os seres humanos são os que dela usufruem!” (**)

“Os enteais, que outrora fizeram surgir a Terra numa beleza paradisíaca, são de uma matéria grosseira mais fina. Por esta razão não podemos vê-los, com exceção de poucas pessoas, pessoas essas, aliás, que são encontradas cada vez em menor número.”

Acompanhando a autora deste incomparável livro, discorrer com detalhes sobre o maravilhoso trabalho dos seres da natureza, que aqui chamamos enteais, chegamos com ela a mais uma inevitável pergunta: - “O que aconteceria se os entes da natureza, que desde o nascimento da Terra, criaram uma tão maravilhosa natureza, vissem a sua obra agora? Quero dizer, o que intuiriam essas incansáveis criaturas, pequenas e grandes, se pudessem ver a Terra agora? As tantas destruições desnecessárias? As águas poluídas, as quais são sagradas para cada ente da natureza…”

Catástrofes naturais, nunca vistas, batem em nossos lares advertindo dolorosamente: <em>A natureza já sofreu demais.

Resta-nos mais uma pergunta: Em que se transformará?

Estudiosos em Educação Ambiental indicam em seus trabalhos que a qualidade de vida no nosso planeta tem sido deteriorada rapidamente e esse prejuízo é provocado não somente pelos aspectos físicos ou biológicos mas principalmente pelos fatores sociais, econômicos e políticos. O ambiente não pode ser considerado como um objeto de cada disciplina, isolado de outros fatores. Ele deve ser trazido à tona, como uma dimensão que sustenta todas as atividades e impulsiona os aspectos físicos, biológicos, sociais e culturais dos seres humanos. (Michele Sato)

“Em tudo o que os entes da natureza criaram, reconhece-se a ordem, que para os espíritos humanos, pode ou poderia servir de exemplo em sua vida grosso material. O elevado espírito poderia ter embelezado a natureza de múltiplas maneiras, tirando, não obstante, ricos proveitos.”

Mas, não… o ser humano viu apenas os ricos proveitos, mas esqueceu a preservação necessária…

Nós somos os reais causadores de todas as catástrofes que nos atingem, quer sejam de ordem pessoal ou envolvam acontecimentos da natureza. Tudo na natureza vibra na Lei da reciprocidade.

Já não basta desejar um FELIZ ANO NOVO. Temos que construir um FELIZ ANO NOVO, com muita dedicação e trabalho, sem medir esforços na proteção de cada gota de água, de cada pedaço de mata, do que ainda resta da natureza.

“Os pássaros aparentemente inventaram hoje novas melodias…”