PRAGA DE GAFANHOTOS
(15/08/2004)

José Guimarães Duque Filho

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O jornal O Estado de São Paulo publicou dia 5 de agosto deste ano de 2004, uma reportagem sobre a praga de gafanhotos que atingiu e ainda atinge alguns países africanos. Na cidade de Nouakchott, na Mauritânia, nuvens de gafanhotos foram estimadas com uma densidade de 50 milhões de insetos por quilometro quadrado, revela a reportagem, dizendo também que eles podem se deslocar até 100 quilômetros por dia, tendo atingido a Argélia, a Líbia, o Marrocos e a Tunísia.

As pragas de gafanhotos são célebres e estão bem descritas em vários livros, tanto históricos quanto científicos. Dessas pragas, a mais antiga que se tem notícia é narrada na Bíblia, ao tempo de Moisés, há cerca de 3.300 anos atrás, quando este admoestava mais uma vez o Faraó a libertar o povo hebreu, ameaçando-o com gafanhotos que cobririam totalmente o solo, comendo o que sobrou da praga de saraivas e arrasando as árvores, se os hebreus não pudessem partir do Egito. O Faraó não cedeu nesta ocasião e a praga foi das mais terríveis.

O gafanhoto é um inseto que se alimenta essencialmente de folhas, e apenas 10 gafanhotos podem devastar uma mangueira. No Brasil, o estado mais atingido por gafanhotos é o Mato Grosso, onde eles já causaram danos em área de dois milhões de hectares. O inseto é bastante guloso (come o equivalente a seu peso por dia) e sua alimentação variada inclui gramíneas e pastagens. Como os defensivos químicos são muito nocivos, a Embrapa vem desenvolvendo um fungo para controle biológico do gafanhoto.

As Leis que regem a Natureza, seja no espaço cósmico em dimensões macroscópicas, seja no espaço dos átomos em dimensões microscópicas, são perfeitas pois emanaram da Fonte Perfeita, a Vontade do Criador. O equilíbrio da natureza é administrado por estas Leis, que regulam os ciclos de existência das espécies que habitam o planeta Terra bem como os ciclos vitais dos ares, das águas, das temperaturas, dos solos, das rochas e muitos outros.

Desta forma, as pragas de gafanhotos, as erupções vulcânicas, os tornados, os ciclones, os terremotos, os maremotos, as secas, as chuvas torrenciais, enfim, todos esses fenômenos naturais são ajustes e regulagens necessários, efetuados pela mãe natureza para que o planeta como um todo continue em equilíbrio harmônico. O ser humano deve procurar compreender e interpretar as ações da mãe natureza, e assim inserir-se harmonicamente na engrenagem das Leis da Criação. Auxiliar e não perturbar, eis a questão!

É inegável que as desastradas ações nocivas dos seres humanos em relação ao meio ambiente, tais como, desmatamentos, queimadas, explosões de bombas inclusive as nucleares, poluição dos ares, das águas e dos solos, matança de animais sem necessidade, uso de defensivos químicos na lavoura, e vários outros, muito contribuem para o desequilíbrio do planeta, incrementando os efeitos naturais necessários ao seu re-equilíbrio. Despendem desta forma, muitos esforços em coisas erradas e despendem muito mais esforços ainda em reparar esses erros. Assim, o ser humano regride no seu desenvolvimento.

Como hóspede no planeta, o ser humano tem a obrigação de cuidar da casa (a Terra), mantendo-a limpa, conservada e auxiliando a mãe natureza, procurando aliviar seus esforços de reequilíbrio do meio ambiente terrestre. Os recursos naturais terrenos não são eternos, dependem de reciclagem para durarem mais tempo e assim proporcionar às atuais e futuras gerações um ambiente saudável e digno de sua existência.

Quanto maior for o estrago realizado pela espécie humana na natureza terrestre, maior será a reação desta contra os seres humanos terrenos, devolvendo-lhes os frutos gerados por desejos tenebrosos, egoístas e devastadores.

Além disso, os habitantes da Terra estão vivendo o tempo do Juízo Final. Agora, as ações de cada um, seus pensamentos, suas palavras e suas atitudes estão sendo julgadas pela Lei do Criador. Muito tempo, aliás, milhões de anos foram dados para o desenvolvimento do ser humano terreno, no sentido das Leis Eternas, mas este tempo não foi devidamente aproveitado. As sementes plantadas pelos seres humanos, germinaram, foram cuidadas, transformaram-se em plantas, deram os mesmos frutos originais e tem de ser saboreadas por cada um que as plantou, havendo nisso uma Justiça e um Amor, que hoje, dificilmente, ainda podem ser reconhecidos pela maioria.

Nestes tempos, os fenômenos naturais que vem gradativamente aumentando em intensidade e em número, transformarão a Terra inteira, auspiciando uma nova era, a Era dos Mil Anos, para uma criatura humana transformada, lapidada, consciente e sobretudo, agradecida ao Criador.

Este artigo escrito baseia-se no Livro "Na Luz da Verdade" e "Os Dez Mandamentos e o Pai Nosso", de Abdruschin, editado pela Ordem do Graal na Terra.