Só as coisas impossíveis exigem crença cega!
Quando é exigida do ser humano uma crença cega significa tratar-se de coisas impossíveis.
Qualquer fato, qualquer acontecimento, é um estímulo para que o indivíduo pense, raciocine; e onde existe a Verdade aí se inicia o pensar. Pensar significa fazer o cérebro trabalhar, ficar ativo, o que, automaticamente, leva à reflexão intuitiva.
A intuição existe. Só para ajudar o raciocínio vamos pensar nas ondas de rádio e TV que estão “no ar”, mas que o aparelho capacitado para captá-las precisa ser ligado, precisa de energia.
A Verdade estimula o raciocínio, surgindo o pensar individual, onde cada um faz sua própria análise.
O ser humano que pensa, que raciocina sobre algo, não terá convicção enquanto aquilo não produzir nele uma reflexão intuitiva. Ele não pode saber da Verdade, que é algo espiritual, se trabalhar apenas com o cérebro. No entanto, também não pode abrir mão do cérebro, cometendo o erro que muitos cometem, quando julgam poder agir somente com a intuição. Assim, essas pessoas não se preocupam em ler, estudar, examinar os acontecimentos, aprender com eles, e, quando lhes vem a intuição, o cérebro não sabe o que fazer. É aquele TV que, quando ligado, não tem imagem nem som. Embora as ondas estejam passando por ele, o aparelho não as capta.
Porém o ser humano tem de tornar-se receptivo, devendo ter dentro de si um aparelho para usar as “ondas” de intuição na matéria; esse aparelho é o cérebro.
Entretanto, a maioria da humanidade tem crença cega, pois não sabe nem usar o cérebro. Somente as coisas impossíveis exigem crença cega!
Se a pessoa observar algo que não conhece ou não compreende, sua vontade fará seu cérebro trabalhar para utilizar esse algo na matéria, terá o seu raciocínio ativado e saberá como atuar, colhendo assim fortes vivências e evoluindo cada vez mais. Não pode fugir disso.Vamos dar alguns exemplos simples. Se pegar água para beber, raciocina: “de onde vem e quem fez a água?” Se sai à rua e toma chuva, pergunta: “a água dessa chuva é da mesma origem da que tomei ou é outra?” Da mesma maneira, quando come uma fruta surge a questão: “como as frutas crescem e por que têm sabores diferentes?” E daí por diante. Simples, não? Simples e verdadeiro. A Verdade é simples, e ela está em torno de nós nas mínimas coisas e estimula o raciocínio. No entanto, o ser humano prefere não se preocupar com isso, pois se sente importante a ponto de julgar que Deus colocou tudo aqui somente para que ele usufrua, sem que necessite preocupar-se com nada.
Conceitos absurdos são criados para escravizar os seres humanos e impedir que tenham suas próprias vivências com o uso do raciocínio e do livre arbítrio.
Por fim, podemos dizer que aqueles que criaram ou substituíram todos esses conceitos, hoje denigrem alguns que aparecem com o raciocínio lúcido trazendo alguma coisa que abale os pilares de suas falsas construções. Essas pessoas de raciocínio lúcido são combatidas e não serão ouvidas. Muitos já devem ter notado a dificuldade que têm de conversar sobre a Verdade com outras pessoas. Até zombarias se ouvem, pois raciocínio lúcido é raro se encontrar hoje na Terra.
Os milhões de pessoas escravizadas por aqueles que lançaram esses conceitos têm seus ouvidos obstruídos. Mas também são culpados, porque não ousam mais abrir os seus olhos; estão acomodados porque receberam tudo prontinho, sem ter que raciocinar e analisar. Quando chega alguém que quer mostrar algo diferente, que quer mostrar a Verdade, os ouvidos estão obstruídos e não ouvem mais, e os olhos não enxergam.
Vamos imaginar uma pessoa que escute um pedido de socorro de alguém que esteja em dificuldade, e tape os ouvidos para não ter de socorrer. É assim que ocorre, o indivíduo “tapa os ouvidos” com medo de que a corrente de força que chega lhe desperte o espírito… e o espírito exige esforço!
Não se deve ficar preso somente ao raciocínio; este deve ser usado para que se possa analisar tudo o que acontece. Se não for assim, corre-se o risco de só ser atingido por aquilo que os outros cérebros engendram e que não trazem nada de intuitivo.
Isso é CRENÇA CEGA!