A Abrangência das Parábolas do Mestre

O Joio e o Trigo

“O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas enquanto os homens dormiam veio o inimigo dele, semeou joio no meio do trigo e retirou-se. E quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio? Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso. Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio? Não! replicou ele, para que ao separar o joio não arranqueis também com ele o trigo. Deixai-os crescer juntos até a colheita, e no tempo da colheita direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado, mas o trigo recolhei-o ao meu celeiro.”

(Mt13:24-30)

Em seguida, Jesus procura explicar aos seus discípulos o significado da parábola:

“O que semeia a boa semente é o Filho do Homem, o campo é o mundo, a boa semente são os filhos do reino, o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou é o diabo, a ceifa é a consumação do século, e os ceifeiros são os anjos.”

(Mt13:37-39)

O sentido amplo dessa parábola, em conjunto com a explicação de Jesus, é o seguinte:

O Filho do Homem espalhou sementes de seres humanos na matéria. É dessa atuação, aliás, que advém a denominação “Filho do Homem”, significando que a humanidade inteira se originou dessa sua semeadura, em consonância com a Vontade do Criador, que é ele próprio. Com efeito, a expressão hebraica que traduz Filho do Homem: ben ’adhám, significa em essência “Filho da humanidade”, ou seja, o Filho do Altíssimo para a humanidade.

Corroborando essa notícia da atuação criadora do Filho do Homem, o chamado Livro das Parábolas (incluído no apócrifo Livro de Enoch), informa que a denominação Filho do Homem foi pronunciada antes da Criação, indicando com isso que esse título não está relacionado a Jesus. A versão etíope desse livro diz o seguinte: “E nessa hora o Filho do Homem recebeu um nome na presença do Senhor dos Espíritos. E antes de o Sol e os dois signos serem criados, antes de serem criadas as estrelas do céu, ele recebeu um nome perante o Senhor dos Espíritos.”

Essa imagem de seres humanos se desenvolvendo a partir de germes espirituais indica um fenômeno da Criação que se repete regularmente. O ser humano, de fato, se desenvolve de “sementes espirituais”, provenientes do Paraíso, e para lá retorna depois de plenamente amadurecido. As influências que determinam o processo de germinação dessas sementes podem realmente ser vistas como um hálito de vida proveniente do Criador, a Origem de toda a vida: “Ele insuflou em suas narinas o hálito da vida, e o homem se tornou um ser vivo” (Gn2:7). Depois de criado pela Vontade de Deus, o Espírito Santo, o homem é vivificado pelo sopro do Criador, que o anima com Seu alento. Nesse sentido, está certo o depoimento de Eliú, amigo de Jó: “O Espírito de Deus me criou, e o sopro do Todo-Poderoso me deu a vida” (Jó33:4).

Sobre o evento de retorno dessas sementes ao Paraíso, já então como espíritos autoconscientes plenamente maduros, é bastante significativa a seguinte passagem do Evangelho apócrifo de Tomé: “Bem-aventurados vós, os solitários e escolhidos, porque encontrareis o reino; vós provindes dele, e conseqüentemente voltareis novamente para lá.” (1)

O ser humano terreno desenvolvido de um germe espiritual, que mediante múltiplas vivências na matéria adquire lentamente, paulatinamente, a autoconsciência, tornando-se uma individualidade completa, não representa de maneira alguma o quadro, acalentado por tantos, do homem criado diretamente à imagem e semelhança de Deus. Como seria possível isso? Será que alguém nessa Terra acredita mesmo, no fundo do seu coração, que ele, um mero ser humano terreno em desenvolvimento, é a própria imagem e semelhança do Onipotente? Olhe bem para dentro de si mesmo e responda com honestidade... A criatura humana terrena como imagem e semelhança do Todo-Poderoso Criador... Semelhante a Ele, mas não a ponto de cumprir Seus Mandamentos e viver segundo Sua Vontade! Nesse ponto os seres humanos abrem mão prontamente de qualquer semelhança com Ele, e decretam que o Senhor teve de enviar Seu Filho Unigênito à Terra, para resgatar a culpa deles, Suas criaturas, feitas à Sua imagem e semelhança... Não existem palavras para descrever uma tal prepotência. Só mesmo depois da morte os partidários desse despautério reconhecerão o tamanho de sua arrogância. E então desejarão não haver nascido.

A descrição no Gênesis do homem feito “à imagem e semelhança de Deus” (Gn1:26) – imago Dei – não se refere ao ser humano terreno, e sim ao surgimento, em sentido amplo, do espiritual masculino e feminino na obra da Criação, no ponto de saída da esfera divina. (2) Convenhamos… Justos sejamos. É impossível que dissesse respeito a uma criatura tão limitada, a um ser que acabou se degenerando por vontade própria, que negligenciou por completo sua missão espiritual e que se afastou, da forma mais vil, de seu próprio Criador. Os seres efetivamente criados à imagem e semelhança de Deus são espíritos primordiais, isentos de erro e pecado, cuja origem encontra-se muito acima do alvo máximo a que um espírito humano pode almejar: o reino espiritual denominado Paraíso. Se um dia o ser humano conseguir chegar até o Paraíso, sua Pátria verdadeira, por haver se tornado um espírito completo e perfeito, então poderá ser considerado uma “cópia” daquelas eternas imagens de Deus primordialmente criadas. Uma cópia! Isso, se ele conseguir chegar até lá… E mesmo lá continuará sendo sempre “menor do que os seres celestiais” (Sl8:6), que vivem na esfera divina.

Adão e Eva foram pontos de partida do espiritual humano. Foram criados no reino espiritual, mas nunca estiveram encarnados na Terra ou em qualquer outra parte da matéria. O fato de terem surgido já desenvolvidos, sem terem sido crianças, demonstra que isso se deu num plano muito acima do Paraíso, onde os seres que lá vivem foram efetivamente criados pela vontade divina, tornado-se imediatamente autoconscientes, sem precisar antes se desenvolver de uma semente. O nome “Eva” significa simplesmente “vivente”. Na língua sumeriana, o ideograma que representa o termo “vivente” é o mesmo que indica “costela”.

Tão-somente os espíritos humanos que já se encontram no Paraíso podem ser chamados de “imagem e semelhança de Adão” (Gn5:3), isto é, cópias de uma imagem primordial de Deus. São esses espíritos humanos perfeitos que se assemelham aos espíritos primordiais, os quais foram criados por primeiro, na parte mais excelsa da Criação. Contudo, nós, seres humanos terrenos, estamos inimaginavelmente longe de tudo isso.

O Criador não precisa de ninguém, não depende de nada, ao passo que todos os seres surgidos, criados ou desenvolvidos, são inteiramente dependentes Dele. O teólogo e filósofo alemão Schleiermacher (1768 – 1834) intuiu muito bem o significado disso, ao afirmar que “Deus é o Ser de quem todas as criaturas são dependentes, ao passo que Ele não depende de nada”. O grande Arquiteto do Universo muito menos ainda precisa da criatura ser humano: “O Deus que fez o mundo e tudo que nele existe, o Senhor do céu e da Terra, (…) não é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa” (At17:24,25). Sobre o Aquém e o Além, ele disse: “Quem faz uma distinção entre este mundo e o além-mundo ilude a si mesmo.”

Schleiermacher foi “acusado” de gnosticismo e semipelagianismo, dísticos na verdade honrosos, identificando alguém capaz de refletir por si mesmo e que procura dar forma às próprias intuições. Ele se opôs ao Iluminismo ao afirmar que o que determina o valor do ser humano não é o lúmen da razão, e sim o do coração, como matriz fundamental da vida espiritual. De Friedrich Ernst Schleiermacher são também essas palavras: “O que comumente se chama crer, ou seja, aceitar o que outrem fez, querer ponderar e imitar no sentimento o que outrem pensou e sentiu, é um serviço duro e indigno, e em vez de ser o que há de superior na religião, como se imagina, é exatamente aquilo a que se deve renunciar aquele que pretende penetrar em seu santuário. (...) Vocês conseguiram tornar a vida terrena tão rica e variada que já não necessitam da eternidade e, depois de haver criado um universo para vocês mesmos, estão dispensados de pensar Naquele que os criou.”

Retornemos à parábola. “Mas enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele.” Enquanto os seres humanos se encontravam nos estágios iniciais do seu percurso na matéria, ainda não totalmente desenvolvidos em sua autoconsciência, portanto não inteiramente despertos, numa fase que poderíamos chamar de pré-adolescência espiritual, Lúcifer chegou com a missão de cuidar das sementes humanas em via de crescimento. Contudo, ao invés de cumprir essa sua incumbência no sentido da Vontade do Criador, ele atuou de modo diferente, fazendo de tudo para exterminá-las. Agindo assim, ele se tornou um “inimigo” declarado do semeador.

O princípio das tentações implantado por Lúcifer na matéria é absolutamente contrário ao preceito do amor prestimoso desejado pelo Criador, pois “Deus mesmo a ninguém tenta” (Tg1:13). Os que sucumbem ao maligno, isto é, a esse princípio errôneo, desenvolvem-se como joio no campo de cultivo da matéria, portanto de maneira errada. (3) Em contraste a eles estão os que se desenvolvem de maneira certa, em conformidade com a Vontade do Criador, sem se deixar engodar pelas armadilhas das trevas: são estes os “filhos do reino”, o trigo. Que não deveria haver nenhum joio no campo de trigo do Filho do Homem fica claro pela perplexidade dos servos pouco antes da colheita: “Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?”

Lúcifer então “retirou-se” depois de disseminar seu princípio errado na matéria, isto é, ele não permaneceu na Criação material, mas sim afundou em profundezas abissais, devido à atuação da Lei da Gravidade, que puxa para baixo tudo quanto se torna pesado e trevoso. No Livro de Isaías há, inclusive, um poema que retrata essa queda de Lúcifer, chamado ali de “estrela da manhã” e “clarão da madrugada” (e simplesmente Lúcifer na versão latina Vulgata). Nos panteões mitológicos da Antiguidade, a estrela da manhã ou estrela-d’alva, isto é, o planeta Vênus, representava o anjo caído. O sentido básico do texto de Isaías é o de um ser originalmente luminoso, brilhante, que é vencido e cai nas profundezas: “Como despencaste das alturas do céu, tu, estrela da manhã, clarão da madrugada? Estás derrubado por terra, tu que derrubavas as nações! E, no entanto, dizias no teu coração: ‘Hei de subir até o céu; acima das estrelas de Deus colocarei o meu trono, estabelecer-me-ei na montanha da Assembléia, nos confins do norte. Subirei acima das nuvens, tornar-me-ei semelhante ao Altíssimo.’ Foste, porém, precipitado à Mansão dos Mortos, chegaste ao fundo do Abismo!” (Is14:12-15).

A expressão “montanha da Assembléia” ou “monte da Congregação”, que aparece nesse poema, é a tradução corrente do original hebraico Saphon, o monte Saphon. De acordo com poemas mitológicos datados de 1400 a 1200 a.C., gravados em escrita cuneiforme em tábuas de argila, descobertos a partir de 1929 em escavações na antiqüíssima cidade síria de Ugarit (atual Ras Shamra), Saphon é o nome da montanha onde reside Baal, o grande servo de Lúcifer, chamado nesses escritos de “senhor da Terra”. Sobre esse monte Saphon, a escritora Roselis von Sass diz o seguinte em sua obra O Livro do Juízo Final:

“Baal intitulava-se ‘senhor do monte Saphon’! O monte Saphon é um importante centro do mundo astral (matéria grosseira mediana) que circunda o planeta terrestre. (…)

O planeta de matéria grosseira mediana que envolve estreitamente a Terra chama-se ‘Saphon’. O monte de igual nome é o ponto mais importante, porém não é o mais alto, pois ali existem montanhas bem mais elevadas… No monte Saphon encontra-se uma edificação ampla tendo no centro um grande Templo. (…)

Todos os portadores da Verdade, que vieram no decorrer do tempo para cumprir uma missão na Terra, permaneceram durante o tempo de espera nesse monte do Templo de Saphon, a fim de se prepararem para as incumbências na matéria grosseira e tomar contato com as almas humanas. Aproveitavam bem o tempo, enquanto tinham de esperar que os corpos infantis na Terra, ligados a eles, atingissem o estado de maturação para servir como instrumentos de seus espíritos. (…)

Também o espírito humano Jesus, preparado como instrumento para a atuação de Jesus, o Filho de Deus, o Portador do Amor divino, deteve-se no monte Saphon. Já ali ele vivenciara todas as etapas de sofrimento, pois até no monte Saphon, o monte da iluminação, ele viu almas humanas portando em suas testas o sangrento estigma de Baal, o sinal de Lúcifer. ”

Baal, o mais poderoso servo de Lúcifer, é citado numerosas vezes na Bíblia, desde os primeiros livros. Seu culto foi introduzido na Samaria durante o reinado do rei Acab de Israel (874 – 853 a.C.), quando os fiéis de Yahweh foram perseguidos. A despeito de um e outro rei um pouco mais empenhado em cumprir os antigos Mandamentos, a Bíblia mostra que a situação só piorou desde aquela época, tanto no reino do norte – Israel, como no reino do sul – Judá. Mais de duzentos anos depois da morte desse Acab, o profeta Jeremias transmitia a seguinte mensagem do Senhor: “Abandonaram a Lei que lhes dei, não ouviram a Minha voz, nem a seguiram; foram atrás da obstinação do seu coração, atrás dos ídolos de Baal” (Jr9:12). Do nome Baal, que significa senhor, originou-se a palavra Belzebu, forma condensada de Baal-zebul – “Senhor Principesco”, de onde adveio por sua vez a designação “Príncipe dos Demônios” (cf. Mt9:34).

A cidade de Ugarit estava na pujança de sua história pouco antes da época do Êxodo, e parece que era mesmo um celeiro de Baal na região. Outras tabuinhas grafadas em escrita cuneiforme dizem que o Ser Supremo, El (que já vimos ser um dos antigos nomes referidos ao Criador), conhecido pelo povo de lá como “Pai da humanidade”, teve seu posto ocupado por Baal. As escritas dizem que Baal se apoiava em sua irmã Anate, cuja atuação era de dar inveja no próprio Baal, conforme se constata desses extratos em que ela esmaga os habitantes de duas cidades: “Eis que Anate combateu no vale e açoitou as multidões do litoral. Sob seus pés as cabeças eram como bolas. Ela pendurou as cabeças na cintura, afundou até os joelhos no sangue dos heróis. Anate golpeava e ria, o coração pleno de alegria.” O relato diz que após terminada a luta, Anate forçou El a permitir que Baal edificasse um palácio onde ele pudesse reinar. As instruções gravadas nas tabuinhas indicam que essas estórias eram lidas em voz alta... Essa Anate é provavelmente Baalat, a primeira serva feminina de Lúcifer, que Roselis von Sass descreve em O Livro do Juízo Final, no tópico “O Culto de Baal”.

Como os seres humanos dispõem do livre-arbítrio, cabe a eles decidir se querem se desenvolver como joio ou como trigo. Enquanto apenas se inclinarem para o lado errado, ainda têm possibilidades de retomar o caminho certo do desenvolvimento de seus espíritos. Os ensinamentos dos Precursores, as advertências dos profetas dos tempos antigos e posteriormente a doutrina do próprio Filho de Deus, Jesus, tiveram essa finalidade primordial. Também o incansável apóstolo Paulo se ocupou com isso em várias oportunidades, como nessa exortação aos Efésios: “Procedei como filhos da Luz” (Ef5:9). Somente após o término do prazo concedido ao desenvolvimento de cada germe espiritual, é que se pode afirmar com segurança quem se desenvolveu como trigo e quem preferiu tornar-se joio na Criação. Então é chegada a hora da ceifa.

Que essa ceifa, a consumação do Juízo Final, está estreitamente ligada ao Filho do Homem, o responsável pela semeadura, fica claro na explicação subseqüente de Jesus:

“Pois assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação do século. Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão de seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.”

(Mt13:40-42)

Nós nos encontramos exatamente nesta época, em que o joio está sendo separado do trigo. A separação é automática, porque agora cada qual é forçado a se mostrar como realmente é, como se desenvolveu desde a semeadura, se como joio ou como trigo. Isso tem de se evidenciar bem nitidamente no presente, a época da colheita. O ser humano que ainda ouve sua intuição, que ainda não está totalmente obliterado pelo raciocínio materialista, tem agora de se movimentar muito energicamente no sentido da ascensão espiritual, para não acontecer de ser achado demasiado leve nessa separação entre joio e trigo: “Foste pesado na balança e considerado leve demais” (Dn5:27).

Estamos vivendo a plena efetivação do Juízo Final, o proclamado Dia do Senhor ou Dia do Juízo, vaticinado com tanta ênfase nas antigas Escrituras: “Deus pedirá contas, no Dia do Juízo, de tudo o que está oculto, quer seja bom, quer seja mau” (Ecl12:14); é o “Dia em que o Senhor debulhará o seu cereal desde o Eufrates até o ribeiro do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um” (Is27:12).

Colhidos um a um… O prazo concedido para o desenvolvimento do ser humano expirou, “o tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo” (Mc1:15). Ou ele desperta agora, retomando o caminho certo, estreito, há muito abandonado, ou se perderá no Juízo, perecendo espiritualmente como joio imprestável, quando então reconhecerá, com o maior horror e desespero, que efetivamente “há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” (Pv14:12). Neste último caso seu destino será tal que ele perderá a autoconsciência adquirida até aqui, sofrendo então, entre os maiores tormentos (choro e ranger de dentes) a morte espiritual, a segunda morte, que é o “salário do pecado” (Rm6:23).

Por fim, Jesus explica que, após a limpeza de todo o mal no Juízo, virá o Reino de paz:

“Então os justos brilharão como o Sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.”

(Mt13:43)

  1. Ao leitor que desejar conhecer o processo da semeadura de germes espirituais, e de seu desenvolvimento nas materialidades até a autoconsciência da criatura plenamente amadurecida, indicam-se as seguintes dissertações da obra Na Luz da Verdade, a Mensagem do Graal de Abdruschin:

    • Volume 2: O Ser Humano e Seu Livre-Arbítrio; Desenvolvimento da Criação; A Força Sexual em Sua Significação para a Ascensão Espiritual; Eu Sou a Ressurreição e a Vida, Ninguém chega ao Pai a Não Ser por Mim; Sexo; Criatura Humana.
    • Volume 3: Germes Espirituais.

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  2. Na Bíblia há dois relatos da Criação: o primeiro vai de Gn1 a Gn2:3 e o segundo de Gn2:4 a Gn2:25. No primeiro relato está dito que Deus criou o ser humano como “macho e fêmea” (Gn1:27), dando a entender que masculino e feminino surgiram simultaneamente na Criação. No segundo relato, porém, o Senhor primeiro forma o homem do pó da terra (Gn2:7), e depois surge a mulher da sua costela (Gn2:22), indicando que o masculino teria sido criado primeiramente. O leitor poderá encontrar o esclarecimento dessa aparente discrepância na dissertação “O Circular das Irradiações”, no terceiro volume da obra Na Luz da Verdade, de Abdruschin. Retornar
  3. O joio é um tipo de gramínea que se mistura aos cereais. É uma erva daninha, também conhecida como “cizânia” (do grego zizanion), cujo significado é: desarmonia, rixa, discórdia. Até meados do século XVI o joio era conhecido na Europa pelo nome usual de cizânia, de modo que semear joio era o mesmo que semear cizânia. O joio é difícil de ser extirpado e se parece muito com o trigo, diferenciando-se deste somente quando plenamente amadurecido, por suas sementes pretas e menores, as quais conservam por muito tempo o poder germinativo. O joio não serve de alimento porque não contém propriedades nutricionais, ao contrário, suas sementes, freqüentemente cobertas com uma espécie de mofo embriagador, causam tonturas se ingeridas e podem até mesmo levar à morte. Outro diferencial importante é que o joio é menos denso e, por isso, mais leve que o trigo. Retornar