UM PEDIDO DE PAZ EM MEIO AO CAOS
(11/08/2013)

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Portugal ainda mantém o encanto natural em seus campos e praias. A qualidade do ar e da água é bem superior à do Brasil. A alimentação em geral é de boa qualidade. Ainda assim, o país enfrenta os mesmos problemas de outras nações da Europa, em consequência da crise econômica. Portugueses, espanhóis, franceses, dentre outros, estão sendo duramente afetados. Há desânimo e um pouco de revolta na população que costuma ser calma e disciplinada.

Um episódio que chamou a atenção foi o que ocorreu no aeroporto de Lisboa, palco de uma dramática situação provocada pela greve desencadeada no final de junho. Milhares de pessoas, dentre as quais as que foram à capital portuguesa para participar da Convenção do Rotary International, ficaram retidas, sem saber como chegariam a seus destinos. Foram filas intermináveis de passageiros sem informações, num clima de absoluto caos e revolta.

Esse fato contribuiu para uma reflexão mais profunda sobre a pergunta que foi feita por Craig Kielburger, ativista canadense e defensor dos direitos da criança, na Convenção do Rotary: "O grande desafio de hoje é como poderemos influenciar as pessoas a entrar em ação, a se importar com o que se passa de ruim".

Não resta dúvida que, em termos globais, estamos criando uma geração passiva. Os jovens não podem fechar os olhos porque é deles a missão de renovar e melhorar o mundo. Precisamos fazer esse esforço de modo continuado. "Eu sonho com o dia em que tenhamos paz e boas notícias, e não assassinatos de jovens", complementou Craig na sua palestra.

O ser humano tem de estar presente de corpo e alma em tudo o que fizer. Não deve agir como um robô, insensível ao sofrimento alheio, mas atuar conscientemente com a sua vontade para fazer o melhor possível. Se cada pessoa agir dessa forma, o mundo será um lugar melhor para se viver.

A vida é passageira. Poucos reconhecem isso e ficam se atropelando para satisfazer suas cobiças. Poucos seres humanos cumprem a sua tarefa na vida. Um bom exemplo é o de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul que dedicou seus 95 anos de vida à luta do antiapartheid e ao bem de seu povo. Poucos estadistas agiram com essa lisura e altruísmo.

Os humanos precisam aliar as capacitações do cérebro às do coração para agir com sabedoria. Como bem disse a pacifista africana Leymah Gbwee, durante a convenção do Rotary: "Não quisemos olhar nem ouvir que tudo estava decaindo. As crianças tem de ser a base para tudo que fazemos. Ninguém pode receber o que não dá. Temos de ensinar isso às crianças: retribuir o que recebem".

Se quisermos melhorar o mundo, não podemos ficar sentados de boca fechada. Temos de agir e achar algo que faça uma grande diferença. As pessoas do bem permanecem na sombra sem dar um passo a frente. Temos de mudar esse status quo para formar um melhor futuro.