ORIGEM DA VIDA – O ELO PERDIDO
(11/07/2009)

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Há cerca de 400 anos o planeta Terra era considerado o centro do universo e acreditava-se que o Sol girava em torno dele e não o contrário como sabemos na atualidade. Outro conceito que vigorou até o início do século XIX era de que o nosso planeta somava aproximadamente 6.000 anos e que todas as espécies de vida, inclusive os seres humanos, eram imutáveis e teriam surgido prontas. Com base nesse pensamento, muitas questões ficaram sem resposta ou receberam explicações sem nenhuma comprovação científica e algumas até chegaram a ser hilárias de tão absurdas. Um dos exemplos de justificativas estapafúrdias para o desaparecimento dos dinossauros e de outras espécies de animais era de que esses seres não puderam se salvar do dilúvio porque não couberam na arca de Noé.

Somente a partir de 1859, com a teoria sobre a origem das espécies, elaborada e desenvolvida pelo naturalista inglês Charles Darwin, é que os estudiosos passaram a ter coragem para falar abertamente sobre o processo evolutivo dos seres vivos a partir de um ancestral em comum, e também sobre a multiplicação das espécies pelas mutações, e sobre a contínua trajetória evolutiva promovida pela seleção natural. Todavia, Darwin, não considerou a natureza do homem em sua essência espiritual, o que constitui a grande lacuna de sua teoria.

Muitos outros estudos nesse sentido foram realizados desde então, mas apesar de todo o conhecimento acumulado, ainda hoje, em pleno século XXI, não contamos com uma explicação satisfatória sobre a origem da humanidade. Ainda persistem perguntas como: Quem somos nós? De onde viemos? Qual o sentido da existência? Para onde vamos?

As diferentes religiões procuraram fornecer as respostas para essas questões numa tentativa de religar o homem à sua essência cósmica. Documentos sagrados como a Bíblia trouxeram esclarecimentos sobre a origem e o desenvolvimento progressivo do ser humano sob a abordagem espiritual, distanciando-se do plano grosseiro da matéria e, portanto, da teoria científica. De outra parte, os cientistas buscaram explicar a origem humana a partir dos meios materiais e, com isso, se enredaram em incoerências e em pontos obscuros, sem conseguir encontrar a luz do saber.

O fato incontestável é que o planeta Terra foi estruturado para que surgissem as necessárias condições para a vida humana possibilitando a penetração e o desabrochar do germe espiritual na Terra. No entanto, desconhecemos o que ao longo dos anos teria levado o homem a fazer as escolhas que fez e que acabaram transformando o mundo em um lugar perigoso para se viver. E a cada ano que passa as condições de vida se tornam mais difíceis. Estamos nos encaminhando para a insustentabilidade do planeta ao ultrapassarmos o consumo em mais de 30 por cento de sua capacidade de reposição.

Urge um despertar geral para a busca do elo perdido, a compreensão do significado da vida. É chegada a hora de preencher as lacunas do conhecimento. Para tanto, cientistas, religiosos, empresários, políticos e os demais personagens deverão despojar-se de seus dogmas e fanatismos, para buscar o conhecimento que levará à construção de um mundo melhor, com paz, felicidade e verdadeiro progresso.