SONDA EM MARTE REVELA A BELEZA DA TERRA
(05/08/2007)

No afã de querer entender melhor o mundo em que vive, a humanidade realizou há pouco tempo um grande feito de tecnologia, planejamento e execução ao enviar para Marte uma sonda espacial. Para atingir esse objetivo foi necessário realizar inúmeros estudos sobre as leis naturais da Criação que atuam uniformemente, seja na Terra, seja no universo. Sem isso, o projeto seria inviável.

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As imagens que foram captadas pela sonda revelaram que em Marte não há as condições necessárias para a vida humana. A paisagem é monótona, composta apenas por areia, pedras e crateras. Para que seres vivos pudessem habitar esse inóspito planeta seria necessária a combinação de muitos fatores, como a eliminação dos gases nocivos e a adequada força gravitacional.

Agora, olhemos para o planeta Terra. Quanta exuberância! Rios, mares, florestas, montanhas e planícies nos presenteiam com uma profusão de cores, sons, perfumes e belezas naturais. É nesses momentos que devemos nos conscientizar que a nossa presença nesse cenário abençoado equivale a uma jóia, cujo propósito é o de beneficiar e embelezar ainda mais o ambiente.

Na Terra as condições são ideais para o nascimento e conservação dos seres vivos. Água em estado líquido e temperaturas adequadas estão presentes e são elementos indispensáveis.

No entanto, observamos que no lugar da beleza e da felicidade que toda essa exuberância do nosso ambiente nos proporciona, estamos aumentando a extensão dos desertos, acabando com a água potável, e exterminando espécies animais e vegetais. Em paralelo, os seres humanos estão se matando em guerras e confrontos.

Evidente que o que possibilita a vida no planeta é o conjunto de elementos tais como o solo, a água, a fantástica mistura de gases que formam a atmosfera, tudo isso sob a ação da generosa luz solar. E todo esse conjunto deveria nos despertar um senso de humildade e gratidão. Porém, ocorre o contrário, pois nos julgamos donos do planeta, agimos com arrogância e prepotência e não nos preocupamos em compreender os mecanismos naturais para preservar a vida em todas as suas manifestações.

De acordo com estudos e pesquisas, a floresta amazônica lança na atmosfera 200 metros cúbicos de umidade por segundo que purificam o ar e se transformam em chuvas. A grandiosidade das engrenagens que asseguram a vida é inigualável. A humanidade necessitaria de mais de cem anos de toda energia produzida pela usina de Itaipu para realizar um feito equivalente. Mas, em sua ignorância, destruiu de forma irresponsável a cobertura florestal do planeta, contribuindo para o aquecimento global que se encontra em acelerada progressão e que traz incertezas para a sobrevivência das espécies nas próximas décadas.

Atualmente a superpopulação, em determinadas áreas, retira das cidades as reservas florestais e polui os rios de águas límpidas, gerando, em conseqüência, instabilidade social, política e econômica. Já nos anos 70 os ecologistas advertiam sobre a necessidade de preservar o verde que naquela época era mais abundante. Plantar árvores, aumentar as áreas de bosques e jardins, se torna indispensável para humanizar as cidades e melhorar a qualidade de vida.

Recebemos o Planeta não para agirmos como donos, mas para aproveitar a nossa estada adequadamente, preservando-o para as gerações futuras. Apesar de todo o conhecimento e capacidade empregados para o envio de uma sonda à Marte, ainda estamos muito longe da compreensão da Criação. E esse entendimento deveria ser para nós, a maior das prioridades, no sentido de possibilitar a construção de um mundo cada vez melhor e em consonância com as leis que lhe são inerentes. De nada adianta aplicarmos nosso conhecimento para viagens espaciais e para a conquista do Espaço, sem antes termos compreendido como manter as condições de vida em nosso próprio ambiente terreno.

Ensinar as novas gerações a ler, escrever e usar o computador não é suficiente.É chegada a hora de despertá-las e prepará-las para cuidar do planeta, nosso lar, e com isso resgatar nossa verdadeira e nobre missão.