RECESSÃO MUNDIAL
(30/05/2005)

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“Que ser humano é aquele que não tenta melhorar este mundo?”

O objetivo principal da civilização humana deveria ser o de transformar os recursos oferecidos pela natureza de forma a atender condignamente às suas necessidades. Com a ampliação do uso do dinheiro, o ser humano, simultaneamente, se foi afastando da vida espiritual, tornando-se um egoísta, percebendo a influência do dinheiro como meio para ampliar a dominação terrena, já que no “além” o dinheiro terreno não serve para nada.

Porém, estão se tornando cada vez mais fortes os comentários sobre o desempenho econômico mundial. Muitos apostam que uma recessão econômica vai surgindo no cenário, como conseqüência inevitável dos desequilíbrios criados pelos imediatismos dos seres humanos, que, como feiticeiros do diabo, não vacilaram em tripudiar sobre o uso do dinheiro em malabarismos financeiros que nada têm a ver com a produção das utilidades indispensáveis para a vida humana.

Por outro lado, o agravamento de fatores adversos ambientais como a destruição do solo, a ameaça de falta de água e as alterações climáticas, estão elevando o nível de preocupações das pessoas, que reconhecem a gravidade da situação.

JUROS, CÂMBIO E RECESSÃO

Vejam como é complicado o câmbio. A moeda chinesa, o yuan, vem mantendo a mesma cotação ante o dólar desde os anos 90. Moeda depreciada, mão-de-obra qualificada e barata, fez da China um paraíso para investimentos no setor exportador. Produzir na China a custo baixo, e exportar para países cuja moeda se valoriza, se tornou um sedutor malabarismo cambial. O que resulta disso como efeito negativo principal, é a eliminação de empregos. Na economia americana, segundo Paul Krugman, (FSP de 21/05/05), desde o ano 2000, mais de 3 milhões de empregos foram perdidos.

No Brasil, a classe média desempregada só tem encontrado trabalhos de baixos salários, que não exigem qualificação, havendo um processo de nivelamento por baixo. A elevada taxa de juros atrai muitos dólares de curta permanência. Os encargos com juros consomem volumes cada vez maiores da arrecadação. Segundo Cíntia Cardoso, no jornal FSP em 27/05/05, “a apreciação do real em relação ao dólar já compromete a base exportadora brasileira”. Aumentam os escândalos nas esferas políticas. Aumentam os seqüestros relâmpagos nas ruas das cidades. Lidar com isso tudo apelando para o sensacionalismo, não será suficiente para levar a uma melhora. É indispensável pesquisar seriamente o que leva o ser humano a agir de forma tão contrária à sua essência.

No império romano os líderes se destacavam pelo seu despojamento e suas qualidades morais como a coragem, a temperança e a seriedade, que fizeram a reputação da República romana. Mas a classe dirigente ficou fascinada com o dinheiro e riquezas. No século I a.C. os dirigentes exauriam as regiões sob seu controle para cobrir os gastos com suas legiões e enriquecerem rapidamente.

Segundo a Revista, História Viva Grandes Temas, no. 8, os dirigentes que abandonavam seus cargos em Roma, aceitavam postos nas províncias conquistadas com o objetivo de refazer fortunas perdidas durante suas campanhas eleitorais. Eles eram venais, justificando o desvio pela necessidade de prosseguir uma carreira política altamente custosa e se cercavam de assistentes ávidos de dinheiro, prontos a negociar seus serviços ou a propor acordos desonestos que os deixavam ricos. Também emprestavam dinheiro a taxas proibitivas.

Roma deveria estar preparada com seus melhores cidadãos voltados para melhorar este mundo, pois, estava próxima a hora da realização das promessas sobre a vinda do Messias. Assim, facilmente poderiam compreender a Mensagem de Jesus, destinada a todos os seres humanos mostrando de forma simples as leis universais, espalhando bondade pela Terra. Mas os seres humanos não O compreenderam, as mazelas do passado foram transferidas para o futuro, e no presente vive-se a desordem e o caos devido ao uso errado da energia existente na Criação.

A ENERGIA ESPIRITUAL DA CRIAÇÃO

Muitos acham que o ser humano é a energia que realiza tudo na vida. Mas a situação não é bem assim. O ser humano é senhor do seu destino e do destino do povo e do planeta, através de sua vontade e de seus pensamentos que, entrando em contato com a energia da Criação, através das ondas magnéticas, impulsiona essa energia para moldar o destino humano.

A energia criadora tem a peculiaridade de ser canalizada e moldada pela vontade humana e pelos pensamentos, como atributo do ser dotado de espírito.

O ser humano é quem dirige, independentemente da cor, religião, condição social, local de nascimento, podendo colocar as energias do Universo a seu favor, como também construir o pior dos mundos, o inferno na matéria fina e o caos na vida terrena. O ser humano não é coisa. É muito mais, é espírito, por isso mesmo tem o destino em suas mãos.

Segurança, paz e felicidade são, atualmente, apenas palavras vazias. Todas as degradações e corrupções humanas estão sendo postas à mostra. A humanidade precisa perceber que sofre por causa de seu procedimento errado em desacordo com as leis da Criação.

Muitas pessoas estão dispostas a buscarem por renovação. Elas querem compartilhar coisas novas. Não há que ser desprezado aquilo que está estruturado e funcionando bem, mas a grande transformação deve ocorrer no próprio ser humano, que não se esforça para compreender o sentido da vida.

“Por isso mais uma vez clamo insistentemente a todos: conservai puro o foco da vontade e de vossos pensamentos, com isso estabelecereis a paz e sereis felizes! Desse modo a Criação posterior, finalmente ainda se assemelhará à Criação primordial, na qual reinam apenas Luz e alegria. Tudo isso está nas mãos dos seres humanos, na capacidade de cada espírito humano autoconsciente, que não mais permanece estranho nesta Criação posterior!” (Abdruschin, em Mensagem do Graal, dissertação No Reino dos Demônios e dos Fantasmas).