OS PREDADORES E A TSUNAMI
(02/01/2005)

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O tipo de pessoa conhecida como predadora está sempre recolhendo para si tudo o que suas mãos alcançarem. Eles se julgam merecedores porque se acham mais espertos que os outros. Em pouco tempo deixam um rastro de destruição por onde passam e sempre encontram cúmplices que se aliam na rapinagem. Estão sempre prontos a rapinar aquilo que tenha sido construído, mediante grande esforço, por aqueles que sonham com um melhor futuro para a humanidade.

Para Francesco Alberoni, em A Arte de Comandar, os construtores levados por seus sonhos e grandes projetos sempre encontrarão quem crie obstáculos: “quantas pessoas, por simples inveja, não hostilizaram aqueles que tinham boas idéias, prejudicando também, assim, a empresa e por isso, a si próprias? Para atrapalhar, é preciso pouco. Basta dizer não, opor objeções, retardar as práticas, protelar as decisões. Fazer aquela sabotagem que todos os burocratas, todos os funcionários conhecem muito bem”. Alberoni conclui: Para realizar até mesmo a coisa mais modesta é preciso coragem, energia, vontade. Quem destrói o faz porque o seu espírito é voraz, árido, vazio, sem um objetivo nobre.

Muitos estudiosos não conseguem perceber o nexo. Esse tipo tem o seu espírito adormecido, encoberto pelos apetites menores. Não enxerga a vida como ela é. Procedem de regiões próprias para essa espécie bruta, onde não há beleza nem lealdade. Estão sempre à espreita de oportunidades para lograr o próximo, para obter vantagens pessoais.

Consideram a vida e o planeta como coisa feita para os espertos desfrutarem ao máximo. Mas com seu procedimento instilam o veneno do desânimo e da destruição.

A grande rapinagem fazem-na porém atacando a natureza com avidez, como se o planeta tivesse sido criado exclusivamente para eles, sejam os metais, as pedras preciosas, as árvores, os animais, enfim, tudo que possa dar algum dinheiro, contudo, por mais dinheiro que consigam, sempre será insuficiente para repor o equilíbrio ambiental arbitrariamente rompido. Com displicência jogam o lixo e dejetos que produzem diretamente nos mares e rios.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, falando sobre a recente tragédia que assolou a Ásia, assim se pronunciou: “Esse desastre que vitimou tantas mulheres, homens e crianças é um alerta para nós, para que a gente comece a olhar com mais carinho a preservação ambiental e com mais carinho a natureza. Nós muitas vezes a desprezamos e, de vez em quando ela se revolta. Quando ela se revolta ela não pede licença. Não diz aonde vai acontecer”.

O ano de 2005 começa sob os abalos da tragédia. A cada momento são descobertas novas vítimas procedentes de vários países.A tsunami não sai da cabeça das pessoas. É como se fosse uma advertência. Para 2005 necessitamos paz e serenidade para manter o equilíbrio emocional, força para resistir e suportar, e sabedoria para solucionar em concordância com as leis da Criação!

Autoridades do Sri Lanka estão surpresas com o fato de que a tsunami que já matou mais de 22 mil pessoas no país não tenha aparentemente matado animais. Ondas gigantes inundaram parte da maior reserva de animais selvagens do Sri Lanka, o Parque Nacional de Yala. O local abriga centenas de elefantes e vários leopardos. "O curioso é que não encontramos nenhum animal morto", declarou à Reuters na quarta-feira H.D Ratnayake, vice-diretor do Departamento de Vida Selvagem.

Nenhum elefante está morto, nem mesmo uma lebre ou coelho, acrescentou. Acredito que os animais possam pressentir um desastre. Eles têm sexto sentido e sabem quando as coisas estão acontecendo.
Fonte: Reuters (29/12/2004)

A natureza e o meio ambiente estão em constante movimentação de renovação e acomodação dos elementos. Fenômenos naturais são naturais, mas os seres humanos, com sua mania de grandeza, perderam a capacidade de perceber os sinais, de viver em harmonia com a natureza e os enteais da natureza. Todos estão correndo. Correndo na estrada, no aeroporto, no avião. Mas para aonde estão indo com tanta pressa? Na vida o que vale é a paz de espírito, a alegre atividade com serenidade, o convívio harmonioso. Tudo para que a vida seja efetivamente aproveitada para a evolução espiritual.