É UM MUNDO MARAVILHOSO!
(22/04/2003)

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A vida é tão maravilhosa, contudo os seres humanos se afastaram do sentido da vida. Que pena!

Perderam a “abundância que lhes fora presenteada pela bondade da Luz. Enquanto eles se moviam na sábia atuação, que não desperdiçava nada, e que não deixava nada se estragar, e enquanto cuidavam e se utilizavam com amor de tudo o que vive, sem explorá-lo, repousavam abundância, benção e alegria sobre todas as suas atividades...Cada vez mais se desviavam do caminho da vida para o da morte e tornavam-se cada vez mais orgulhosos e cobiçosos de poder. Em sua arrogância e prepotência, os Faraós passaram a agir como se toda a população estivesse viva apenas para servi-los em seus projetos de grandeza”.(“Aspectos do Antigo Egito”)

A história é testemunha, sempre que o ser humano busca o poder pelo poder, a sua conduta se torna imediatista e destrutiva. A destruição se torna nitidamente visível no declínio dos sistemas naturais, no descontrolado aumento da população e da poluição, na irremediável decadência ambiental, e na desarmoniosa convivência entre os seres humanos, sempre em conflitos e desentendimentos entre si.

Durante muitos milênios a vida humana esteve centrada em primeira linha na religiosidade. O povo da Atlântida havia ao seu tempo alcançado um estágio mais avançado chegando à noção do Deus único, isto é, ao monoteísmo. Contudo povos menos avançados veneravam os “deuses”, enquanto os mais atrasados faziam sacrifícios para aplacar a ira dos “demônios”. Nesse ambiente a classe sacerdotal exercia destacada posição de influência na condução das atividades humanas.

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No antigo Egito, ao tempo de Tutenchamon, travou-se intensas lutas entre a elite sacerdotal dominante e o rei Chu-en-Aton, o qual propugnava pelo culto monoteísta, ao Deus único, voltado para a evolução espiritual dos seres humanos. A classe sacerdotal de então não se conformava em ver o seu poder restringido, posto que as pessoas passaram a dirigir as suas preces de agradecimento ao Criador Todo Poderoso, afastando-se dos sacerdotes e dos ídolos por eles criados. Assim muitos crimes foram perpetrados, até que o poder retornasse para mãos e cabeças inescrupulosas e submissas.

Por longo tempo a classe sacerdotal tem exercido ampla influência sobre o sistema de vida e a trajetória humana, fato que se vem modificando a partir do advento da economia voltada, prioritariamente, para auferir ganhos para a acumulação de riqueza e poder. Assim, discretamente, uma nova classe de dirigentes passou a exercer influência determinante sobre os destinos humanos.

Com o evoluir do sistema chegamos a um mundo globalizado, que “eliminou conceitos de nação, raça, etnia e povo”. (Império, Antonio Negri - Filósofo Italiano), tendo o dinheiro e o poder como conselheiros prioritários na tomada das decisões humanas. Um mundo classificado por muitos como louco face as enormes incoerências que apresenta, e habitado por muitos homens lobos que, sem examinar o que seja justo e verdadeiro, não vacilam em afastar com truculência todo aquele que ao seu ver estão se antepondo aos seus objetivos de poder e, em lugar da força espiritual, utilizam-se da força da astúcia. Assim, o descontentamento e o ódio passaram a se espalhar entre a população.

O que tem prevalência são os objetivos das elites que chegaram ao poder movidas por sua lógica materialista que lhes impõe uma conduta egoística para manter as posições conquistadas, enfraquecendo os concorrentes existentes e impedindo o surgimento de outros. Trata-se de um acentuado prazer em conquistar e dominar para exercer o poder. Então a miséria também se ampliou, esparramando-se pelo Globo, e junto a ela a ignorância e o ódio.

Contudo, através da lógica espiritualista teriam alcançado uma qualidade de vida no Planeta dez vezes superior a atual, mas para tanto teriam que ter dado ouvidos à voz interior, à intuição que provem do espírito, alcançando real saber e harmonia entre os povos. O saber espiritual religa os seres humanos ao Amor Divino do qual se afastaram, acorrentando-se à astúcia do raciocínio produzida na oficina do cérebro, forjando uma vida áspera e sem significado maior.

Mas agora o mundo se direciona para uma posição de rupturas, pois a argamassa do saber espiritual, apta para unir os povos, foi de há muito posta de lado, enquanto que o materialismo conduz os seres humanos para uma posição de permanente conflito, pois a luta pela conservação e ampliação do poder, não permite que haja mútua confiança, pois intervêm o medo e a cobiça, simultaneamente.

Dessa forma os seres humanos se desviaram dos caminhos que lhes estava reservados, conspurcando e enlouquecendo o maravilhoso mundo que lhes fora oferecido para que, dominando os segredos da natureza, cooperassem na construção, contribuindo para o contínuo aprimoramento e embelezamento de tudo em que tocassem.