UMA NOVA VISÃO DE MUNDO
(14/01/2002)

O que o futuro reserva para o Planeta Terra, o nosso planeta? Tudo oscila e os teóricos se apressam em buscar respostas, enquanto os detentores do poder constituem grupos de estudos para contornar as crises. Contornar as crises é só o que eles conseguem, mesmo assim sem evitar os desagradáveis efeitos que delas decorrem. Contudo, de tragédia em tragédia, vão mantendo as rédeas do poder, derrubando uns, deixando outros cair, e assim vão levando, porque, solução duradoura, é difícil mesmo.

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São mais de seis bilhões de pessoas, dependendo da água e do ar para se manterem vivos, necessitando de alimentação e moradias, produzindo lixo e dejetos que requerem tratamento especial para não contaminar o meio ambiente.

Alguns dizem que o mal está no sistema econômico, no predomínio das correntezas financeiras, na injustiça social ligada à globalização da economia. Ora, isso tudo não passa de efeitos, a verdadeira raiz do mal nunca é exposta.

O sistema de vida que tem no mercado a base de suas decisões mais importantes, foi o melhor onde conseguimos chegar na estruturação da produção e comércio de bens e serviços. Mas, buscando sempre pelos melhores resultados em termos de ganhos imediatistas, como conseqüência da falta da sensibilidade humana que provém da espiritualidade. Por isso mesmo o sistema é mecânico, sem coração, buscando sempre pela maximização dos resultados nestes tempos de vacas magras.

Assim surgiu um grande contingente de mão de obra desocupada e despreparada lutando pela sobrevivência. Nesse leilão vence quem aceita o menor salário, mas toda essa precariedade não é problema para os grupos de estudos, os problemas que eles examinam estão mais em cima, ligam-se ao poder e a sua conservação. Urge que sejam encontradas soluções para esta grave questão da ocupação da mão de obra, pois apenas as condições do mercado não tem sido suficientes, e a situação tem piorado, acarretando um descontrolado aumento da violência urbana que já se apresenta em sua forma mais grotesca, levando o desespero às populações. Ademais, essa sistemática prática de cortes de empregos, acaba diminuindo o número de consumidores e o mercado perde velocidade.

Um hotel exemplar, diante da crise e redução do número de hóspedes resolveu economizar na mão de obra, cortando empregos e trocando pessoas experientes por empregados mais baratos, sem preparo. Tudo decaiu. Os empregados não estão preparados para o bom atendimento, nem motivados, mesmo porque desconhecem muita coisa. No restaurante o hóspede pediu um café e ficou esperando pelo açúcar. Quando o açúcar chegou o café já estava esfriando. E por aívão as falhas nem sempre facilmente perceptíveis, mas que certamente reduzem a qualidade.

Em Lima, no Peru, a falta de preparo causou uma tragédia que vitimou centenas de pessoas, causando enormes prejuízos, para que o presidente Alejandro Toledo proibisse a produção, importação e comercialização dos perigosos fogos de artifício. No Brasil, tragédias como essa não são novidade. As pessoas parecem que vão embrutecendo, perdendo a noção de perigo, perdendo a consciência do significado da vida, e acabam vivendo como se estivessem brincando com fogos de artifício. Urge que seja buscada uma nova forma de ensinar e preparar as novas gerações.

A falta de preparo da população e daqueles que assumem cargos de comando tanto na administração do Estado como na empresarial, estão engendrando a mais grave crise pela qual a humanidade já está enfrentando, a crise da escassez de água. No Brasil existem regiões onde as famílias recebem 20 litros de água para as suas necessidades. A tendência mundial face ao crescimento da população e da poluição é que isso piore ainda mais.

Os graves problemas são a miséria e os desequilíbrios do meio ambiente. Mas a explosão populacional atua como agravante em ambas as pontas. A falta de preparo, principalmente das populações mais pobres, cria um embaraço tão complexo, que simplesmente as autoridades não sabem como agir. Isso tudo produz um grande medo, que se intensifica com as ameaças do terrorismo, que mexe com as recônditas inseguranças plantadas na psique humana. E, para piorar a situação, os analistas pressentem a aproximação dos sintomas de uma grande depressão econômica.

O mal básico se acha na inserção do ser humano na Criação. Uma nova visão de mundo terá que surgir. O ser humano, como parte terá que buscar a exata compreensão do funcionamento das leis da Criação, as leis que regem o universo e os porquês da existência humana, não podendo mais viver displicentemente como até agora, supondo que nunca terá que prestar contas de seus atos e arcar com as conseqüências dos mesmos.

“Quem não se esforçar para aprender direito as leis da Criação se torna culpado”. Uma nova visão de mundo somente se tornará possível com o cabal conhecimento e cooperação com as leis da Criação.